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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O VIAJANTE



Então eu que nunca sai de casa, nunca viajei pra distante, mais sempre calculava na prazerosa arte de sonhar, um dia ainda saio viajando por ai conhecendo lugares, pessoas, culturas diferentes e vou me aventurar como nunca. Mas depois de certo tempo, dias de trabalho, percebi que demoraria um pouco a tão desejada viajem, no instante percebi que eu já fazia parte dela.
Somos viajantes mesmo que nunca tenha saído de onde nascemos, ou para onde nos mudamos depois de um tempo, trilhamos um caminho do qual sabemos a data de nossa chegada, mais nunca a data de nossa partida, se haverá tempo para conhecer os lugares que tanto almejou, ou simplesmente permanecer ali onde abriga os pais, irmão, amigos da escola, vizinhos e a tão entediante monotonia.
Somos viajantes, e onde quer que estejamos, ou por quantas vezes passamos repetidamente pelo mesmo lugar, sempre haverá algo novo para descobrir, sempre haverá um riso novo para desvendar. E qual viajante não necessita de um sorriso para respirar? Um jeito novo para encarar os delírios de um mero viajante, que só deseja encantar seus olhos e sua boca com as deslumbrantes formas de viver e amar.
Viajantes pensantes ou não, faça da sua viajem um aprendizado constante, seja o ensinamento que outros passageiros necessitam enxergar. Seja você mesmo o cartão postal de sua viajem. E ao menos uma vez percorra os lugares que andam com frequência, devagar, a ponto de enxergar que a viajem está só começando.
 Jussara Costa



terça-feira, 17 de setembro de 2013

RABISCOS...


É preciso perder o movimento dos pés, para valorizar a caminhada.
É preciso perder o movimento dos braços para reconhecer o aconchego de um abraço mais do que um aperto de mão.
É preciso perder a visão para enxergar a beleza que tinha a natureza e as pessoas que lamentavelmente olhamos com tanta pressa.
É preciso perder um estranho, para saber que ele era tão normal quanto qualquer outro, e, além disso, tenha alguma coisa em especial necessária ao mundo.
É preciso perder, para reconhecer como era boa ter.
Ter não significa ser, digno do merecimento, ter vai além do espelho, ter é tão invejável que qualquer estranho poderia desejar ser você.
Ter era a única coisa que tinha e ainda assim vivia a lamentar-se da falta de sorte, até que um dia deixou de ter, ser, ver o que a vida tinha lhe ofertado como mérito de seu esforço ou não, e foi preciso tudo isso acontecer para perceber que a vida não era tão lamentável assim. 

Jussara Costa

domingo, 1 de setembro de 2013

QUANDO EU NÃO MAIS EXISTIR


Quando eu não mais existir, nunca se lamente pelo que deveria ter me falado, por que apesar do seu silêncio eu sempre soube que em você havia mais de mim do você mesmo poderia imaginar. Nunca por hipótese alguma questione que se eu tivesse ficado mais um pouco tudo seria diferente, por que só com minha partida você poderia compreender a importância de nos dois. Mas não se esqueça de reserva um minuto do seu dia para recordar alguma coisa muito boa que já vivemos juntos, não deixe que o tempo e a correria do dia a dia me faça inexistentes em seu coração, pois sei que o sofrimento de minha partida hoje se tornará menor a ponto de não mais doer, a não serem vagas lembranças em um dia qualquer onde lhe reste tempo para recordar de vestígios que deixei em sua vida. Mas nunca  esqueça-se que presença nem sempre quer dizer física, e ausência não significa que estamos longe, por essa razão não seja na vida das pessoas que você supostamente acredita amar apenas mais um na agenda telefônica, sem está presente na lista de chamadas recentes, contendo apenas um alôôôôôô eu amo muito você!!!!!


Jussara Costa

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

LIÇÃO DA VIDA REAL




A vida nunca mais seria a mesma, aparte daquele dia que encontrar com a morte cara a cara, percebera o quanto teria desperdiçado cada segundo que ainda lhe restara, olhou ara trás e sem demora viu, que não era nada ate aquele exato momento, e não haveria tempo algum de ser, porque sentiu que seria a sua hora de parti, não saberia exato para onde, mais sabia que o corpo já não respondia seus comandos, e aos poucos ia se apagando, não ouvia os gritos de sua mãe desesperada ao lado, nem reagia aos comandos do doutor, era quase de manhã quando voltara de uma festinha qualquer, com uns amigos qualquer que se diziam amigos, mais eram tão inimigos a ponto de lhe oferecer um álcool, uma droga ou sei La o que, aceitara por sua inútil fraqueza de acreditar que os “garotões” tinha que usar essas coisas, tinham que ser inutilmente mais um, igual a qualquer um, vitima do próprio delírio de achar que a vida só teria sentido se estivesse na lista dos bonitos da cidade, que desfila, com ar de superioridade nariz empinado, cigarro na mão, tremendamente alcoolizados, sem lucidez para apreciar se quer a loucura que fizera.  Os “garotões” da cidade tinham todas as mulheres aos seus pés, porem por uma noite, ou uma longa noite de prazer e nada mais, os “garotões” da cidade tinham muitos amigos, era reconhecido em todo lugar que frequentara, eram considerados melhores, maiores, imbatíveis, invencíveis, e era assim que aquele garoto queria se sentir, mesmo que por poucas horas, mesmo que por alguns minutos ou segundos, a sensação não era tão ruim assim, porque se sentira um dos “garotões” da cidade. Só não lhes pergunte sobre o dia seguinte, só não lhes pergunte sobre o depois, porque era tão vazias quanto se olhar no espelho quebrado e se enxergar despedaçado mesmo não estando, e que em qualquer momento real, seria ele o espelho quebrado, que mesmo remendado, haveria as marcas registradas pra sempre, para quem o olhasse, seria apontado como o fracassado, e assim que queria mesmo ser chamado para sempre ou por todos os dias, restante de sua vida, tão sem vida, tão sem valor algum, é preferível o espelho quebrado e olhar para ele todas as manhas sem reclamar da forma estranha de se enxergar, do que ver e sentir na própria pele. Pois é justamente assim que os “garotões” da cidade se enxergam, espelhos inquebráveis, aparentemente felizes e realizados, por ser tão inútil nessa vida, aparentemente filhos de papai, que se envergonha de chamar de filhos. E um dia a sorte pousa ao seu lado, cedo ou tarde de mais, com volta ou sem volta, com tempo de correr atrás do prejuízo, ou com tempo de ao menos se envergonhar disso, de serem meros passageiros sem valor algum. E um dia desses de cara com a morte lamenta-se pelo que foi, e pelo que não poderia mais ser.

 Jussara Costa