É preciso perder o movimento dos pés, para valorizar a caminhada.
É preciso perder o movimento dos braços para reconhecer o
aconchego de um abraço mais do que um aperto de mão.
É preciso perder a visão para enxergar a beleza que tinha a
natureza e as pessoas que lamentavelmente olhamos com tanta pressa.
É preciso perder um estranho, para saber que ele era tão
normal quanto qualquer outro, e, além disso, tenha alguma coisa em especial
necessária ao mundo.
É preciso perder, para reconhecer como era boa ter.
Ter não significa ser, digno do merecimento, ter vai além do
espelho, ter é tão invejável que qualquer estranho poderia desejar ser você.
Ter era a única coisa que tinha e ainda assim vivia a
lamentar-se da falta de sorte, até que um dia deixou de ter, ser, ver o que a
vida tinha lhe ofertado como mérito de seu esforço ou não, e foi preciso tudo
isso acontecer para perceber que a vida não era tão lamentável assim.
Jussara Costa
Oi Jussara, que linda sua poesia. Fascinante. tem gosto de alegria e uma dose de aprendizado.
ResponderExcluirEstou em um novo endereço, espere que goste do que escrevo.
http://carolyneml.blogspot.com