Sai de casa aquela noite disposta a
encontra-lo em qualquer lugar do mundo, e dizer todas as verdades que estavam
guardadas dentro de mim, meio assustador isso de ter sentimentos dentro da gente.
Disfarçamos facilmente como se fosse um dom, que não senti nada, que não gosta e
não quer nem perto, nem longe, nem em qualquer outro lugar. Decidi ir lá, de
cara lavada, de coração aberto, sem pensar no que me esperava alguns minutos depois.
Decidi como se fosse a maior e a mais intensa ação que estaria realizando na
minha vida, pois não passava de puras e sinceras verdades, que há tempos morava
dentro de mim, como prisioneiros pensamentos, sobrecarregados de medos e
incertezas, de sonhos e esperanças trancafiadas na alma, que vez ou outra machucava,
chegava até doer por razão inventada por mim mesma. Decidi como se o ir em
frente fosse minha única e ultima alternativa. Há tantos amores guardados no
mundo, há tantas dores escondida na alma, há tantas historias perdidas no
pensamento, há tantos deslize cometido na jornada, há tantas perdas sem
conquistas, e tantas partidas sem volta. E eu não queria ser mais um, igual a
qualquer um com medo da vida. Então ele se aproximou me abraçou forte e disse:
- Coração que bati senti. Sinto muito por não sentir o mesmo por você! Siga em frente, sem olhar para trás. Mas não me esqueça jamais.
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