Saudade da
força, da energia que não se perdia com a noite, da disposição contagiante para
tudo, menos para fazer o dever ou ajudar a mãe em casa. Saudade da força
inquestionável de onde se tirava da vontade de não está quieto, á não ser nos
dias de dores de dente, febre alta, a pesar de que na maioria das vezes essas
pequenas dores não era precipício para correr de pés de calço no quintal de
casa, subir no monte de areia como se estivesse escalando uma montanha, de
quebrar as coisas achando que estaria consertando-as, de fazer comida com
plantas, de riscar a parede de casa como se estivesse fazendo uma grande obra
de arte, mesmo que alguém falasse que aquela obra não era tão bonita quanto acreditava
no mínimo a gente chorava e depois continuava os rabiscos mais uma vez.
Saudade de quando conseguia fazer duas ou três
coisas ao mesmo tempo, comer, brincar e se bobear fazer uns cinco tipo de
caretas. De chorar até que alguém venha nos socorrer. De não inventa desculpa
esfarrapas quando alguém nos fizesse um simples convite para correr no
calçadão, vê um filme, tomar um sorvete, ver um amigo. Saudade da disposição da
juventude, e olha que não sou tão velho assim e olha que a velhice talvez seja inventada,
e olha que adormecer é questão de querer, e olha que o olhar às vezes engana. E
mesmo não sendo tão velho assim sigo o roteiro do cansaço que nos batizamos ter.
A energia deveria durar até quando a gente durar sabe, então chega um dia que todas
as vitaminas, carboidratos não farão mais efeito algum, a força tem que vir de
dentro do interior, eu que devo decidir se o cansaço vai me vencer ou não.
Saudade do
tempo em que conseguia tornar qualquer coisa objeto para minha diversão, e olha que
não sou tão velho assim.
Jussara Costa
Adorei,Parabéns Pelo texto..
ResponderExcluirTenho Uma Saudade Incalculável de Quando Eu Era Criança,Talvez Também da Minha Pré Adolescência..
Onde Não Tinha Preocupação Nenhuma Com Futuro..
Abraços!!!