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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ESQUINA FELIZ


Havia uma esquina no canto da cidade, com um endereço qualquer, número qualquer, mais lá morava um coração bobo, lá abrigava a tão sonhada felicidade. Lembro-me como se fosse ontem, como se fosse hoje como o encontrei, na leve e saudosa infância que me deixou sem despedidas, do riso sincero e verdadeiro da simplicidade estampada em cada ação, sem malícia a não ser chamar sua atenção. Dos caminhos percorridos propositalmente e dos que o acaso ou o destino fez a honra de nos conceder, dos dias em que se fez presente e dos diz que sem justificar teve que desaparecer, dos dias que me fez sorrir, e do único que me fez chorar, pois quando desejei voltar àquela esquina que um dia me fizera feliz, já não havia mais lugar, nunca ouve a não ser no pensamento. Quem dera eu poder abrigar aquela esquina que de nome já nos diz que deve morar a felicidade. Não deveria ter te deixado ir assim tão facilmente querida  felicidade, não deveria. Só que agora bem distante aprecio aquela rua por onde passava sorridente só para descontrair a mente. Eu ainda ei de encontrar outra esquina que me faça feliz. Mas pra que não esqueça esquina, eu ainda guardo o papel amassado do bombom que eu recebi no mês qualquer de um ano qualquer. Eu ainda guardo o cheirinho delicado, o ultimo abraço apertado tão demorado que parecia o fim de mim e da esquina feliz. Mesmo assim eu decidi construir uma casinha, não era na esquina mais batizei de feliz, só pra ver se um dia passando por a minha rua pudesse lembrar do quanto me fez feliz, aqueles dois ou três dias do mês de julho ou dezembro, e quem sabe pedisse pra ficar e tomar um café feito por mim.

Jussara Costa

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