Seguindo-me

Páginas

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O SORRISO QUE NÃO ROUBEI




E eu que acreditava não conseguir escrever nada sobre você, aqui estou pra dizer, que me enganei assim como tantas vezes, você que chegou de repente, assim como tanta gente, mais me deixo na imensa curiosidade de saber qual cor? Qual sabor? Qual magia? Qual alegria? Traria um sorriso seu?
De todas as formas de expressar sentimento, cabe no sorriso a mais bela forma de retribuir, alegria, enviada e recebida, cabe no sorriso o jeito mais simples e contagiante de tornar a vida mais leve e colorida, sorriso tem cor, seja forçado, seja engraçado, seja desajeitado, mais que seja.
Por todas as minhas tentativas mirabolantes de te fazer sorrir, o sorriso onde não cabia, a piada inventada, a cantada engraçada, as ações inusitadas, o olhar pidão de quem só desejava receber um sorriso seguro, verdadeiro que transmitisse no puxar dos lados dos lábios a sensação de abrigo, aconchegante, embriagante na pura lucidez do que se chamavam felicidade.
O sorriso que não roubei tinha nome, sobrenome, endereço e telefone, tinha armaduras, flechas e cadeados, segundo ele para sua própria proteção. Tinha olhos famintos, além de surpreso com cada sorriso que eu soltava sem sentido, mal ele sabia que o meu maior desejo era um sorriso seu.
Seu sorriso seria a melhor garantia de que tudo estaria bem, pelo menos àquele instante em que resolveu pedir minha companhia para algumas horas da vida. Seu sorriso me servia, me bastaria, não sou palhaça, muito menos engraçada, mais um sorriso seu seria a melhor formar de recordar àquelas horas da vida que a gente viveu. E como não bastasse me bateu saudade do sorriso que não roubei.

Jussara Costa

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

VERDADES


A verdade é que não precisamos de muito, às vezes o pouco é suficiente para nos tornar felizes, porem vivemos na busca constante desse “muito” que acabamos esquecendo-se de expressar e valorizar os pequenos grandes momentos da vida. Nos falta um pouco de amor com nos mesmo, a ponto de não nos trocar por nada nem ninguém, nos falta um pouco de paciência para lidar com os problemas pequenos que se tornam grandes por nossa incapacidade de encarar cada situação da vida com um grande aprendizado, independentemente do que nos aconteça. E nos falta só um pouco de tempo para encarar que no fundo disso tudo tem uma grande verdade, esperando ser revelada por nos mesmo, como respostas que não deveriam ser esquecidas exatamente quando o mundo parecer virar de ponta a cabeça. Que a verdade seja dita, que nunca seja esquecida, mesmo quando nos sentirmos desestimulados, frustrados, abandonados. A verdade é que somos o que decidimos ser. Não se esqueça nunca, que a única coisa que realmente importa é o decidir...


Jussara Costa

sábado, 9 de novembro de 2013

SOZINHO



Bem que eu deveria saber viver sozinho, só que não. Sozinho, sou o vazio incalculável da ocupação necessária dos moveis da casa, dos ruídos de outro suspiro, sozinho sou deserto, sou desespero, passageiro mais repetitivo, sozinho sou medo do escuro tanto como do claro, sozinho sou sufocação, agonia, melancolia, sou todas essas coisas exageradas ao excesso extremo da solidão.
Sozinho, sou o medo do agora, sem esperar nada para depois. Sozinho, sou o doce, amargo, melodias sem harmonia, árvores sem frutos, jardim sem flores, cidade sem casas e sem vizinhança, sozinha sou navio sem tripulação, céu sem estrelas, sou desconsolo da própria agonia, sozinho não sou ninguém, não sou alguém, sou só consequência da respiração.
Sozinho não sou estresse, barulhos, bagunças, ouvidos, sorrisos de ninguém, sozinho sou ser sem razão, sem problema, sem solução, sem nada. Sozinho sou o tipo feliz disfarçado de humano realizado por ter o emprego desejado, o apartamento esperado, a TV de muitas e tantas polegadas, desligada, esperando você voltar pra assistir o filme que combinamos assistir semana passada. Por isso volta porque sozinho não sou e nem serei nada do que fui com você, só com você e mais ninguém.

Jussara Costa



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CONTO DA MADRUGADA ll

De um jeito ou de outro a gente se acerta, a gente se conserta, perdi a pressa de viver tudo de uma vez, porque o que importa mesmo é o passo dado, seja ele incerto, seja qual for o precipício, vai passar, tudo passa e não vai ser dessa vez que as coisas ruins vão ficar. Vejamos o lado bom, pode crer sempre haverá um proveito para se tirar da tempestade, basta procurar, mas não se assuste quando perceber que o bom proveito quem decide é você. Deve haver alguma luz, algum brilho, algum sorriso meio a essa turbulência toda, deve haver e eu vou encontrar. Só duvide do medo que as pessoas vão colocar em você de forma tão cruel com palavras cruas e nuas, se fazendo de um bom amigo seu, e acrescentando a filosofia de querer tal bem seu. Duvide de tudo e de todos, não aceite meias verdades até que você tenha tentando pelo menos umas trinta vezes, não deixe de tentar só porque um sujeito aparentemente sábio disse que não daria certo, só porque pra ele não deu. Complicado eu sei, estou no mesmo barco furado, sem salva vidas, nem pessoas que saibam nadar, mais a gente tenta, inventa, só não pode ter medo de enfrentar o mar. Estou na madrugada de insônia, pensando deve ter alguém em um outro barco, em um outro mar, precisando de um abraço meu, assim como eu preciso do seu. Deve haver...
Jussara Costa