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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O SORRISO QUE NÃO ROUBEI




E eu que acreditava não conseguir escrever nada sobre você, aqui estou pra dizer, que me enganei assim como tantas vezes, você que chegou de repente, assim como tanta gente, mais me deixo na imensa curiosidade de saber qual cor? Qual sabor? Qual magia? Qual alegria? Traria um sorriso seu?
De todas as formas de expressar sentimento, cabe no sorriso a mais bela forma de retribuir, alegria, enviada e recebida, cabe no sorriso o jeito mais simples e contagiante de tornar a vida mais leve e colorida, sorriso tem cor, seja forçado, seja engraçado, seja desajeitado, mais que seja.
Por todas as minhas tentativas mirabolantes de te fazer sorrir, o sorriso onde não cabia, a piada inventada, a cantada engraçada, as ações inusitadas, o olhar pidão de quem só desejava receber um sorriso seguro, verdadeiro que transmitisse no puxar dos lados dos lábios a sensação de abrigo, aconchegante, embriagante na pura lucidez do que se chamavam felicidade.
O sorriso que não roubei tinha nome, sobrenome, endereço e telefone, tinha armaduras, flechas e cadeados, segundo ele para sua própria proteção. Tinha olhos famintos, além de surpreso com cada sorriso que eu soltava sem sentido, mal ele sabia que o meu maior desejo era um sorriso seu.
Seu sorriso seria a melhor garantia de que tudo estaria bem, pelo menos àquele instante em que resolveu pedir minha companhia para algumas horas da vida. Seu sorriso me servia, me bastaria, não sou palhaça, muito menos engraçada, mais um sorriso seu seria a melhor formar de recordar àquelas horas da vida que a gente viveu. E como não bastasse me bateu saudade do sorriso que não roubei.

Jussara Costa

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