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sábado, 19 de outubro de 2013

EU VI AMOR



Eu vi amor por onde passava, era um apelo desesperador de quem se sentia só, e que não queria se sentir assim por muito tempo. Eu via amor em tudo e em todos, na fila do ônibus ou em qualquer outro lugar inusitado. Só bastava um sinal um pequeno sinal, para engrandecer tudo, colocar sentido e sentimento onde não existia. Acrescentava razões onde não deveria, mas eu sempre via amor.
No amigo de infância, na historia interrompida, na relação mal começada, e em outras historias ainda desconhecidas. Eu via amor porque essa era a minha procura mais obscena, mais obscura, então a imaginação fluía e sempre me dizia, bem essa deveria ser uma historia bonita para se contar para nossos filhos.
Era o acaso ou destino inventado por mim mesmo, eu via amor nas mais diferentes e difíceis formas de enxergá-las, pois alguém sempre me dizia que eu não estaria enxergando bem, e repetidamente sussurravam meu ouvindo dizendo que não daria certo, mais eu continuei vendo amor dês de o primeiro ao ultimo momento, ainda que não  desejassem acreditar, foi eu que criei, então cabe somente a mim decidir como deveria chama-lo. E resolvi chama-lo de amor, pois era a única coisa que conseguia ver. Eu vi amor, vivi amor, fui amor, senti amor, por um longo tempo, talvez ainda veja quando eu estiver em um desse sonhos que parecem tão real que a gente desperta com esperança de ver, rever, reviver um prazeroso amor.

Jussara Costa

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

QUEM CHEGA DEPOIS



Eu ia escrever uma carta e jogar em uma velha garrafa... Mas correria o risco de você não encontra-la então por mais que parecesse tolice minha eu a penas deveria expressar aqui os sentimentos que agora sinto.

Talvez ainda leve um tempo para eu te encontrar ou te reencontrar quem sabe, ou talvez simplesmente você já tenha passado e eu por estupidez te deixei ir, talvez você ou eu chegasse na hora errada, nossos corações já havia sofrido e o trágico de coração que sofre é que por mais que tente reconstituí-lo ele não tem forças mais, pois segundo ele havia aprendido com as experiências da vida, e quem paga é quem chega depois. Quem chega depois corre o grande risco de amar sozinho, quem chega depois tem que aprender a lidar com sua temível desilusão de acreditar que tudo possa ser diferente e para melhor do que se foi, quem chega depois tem que se conformar com a metade, pois o coração já não se doa por inteiro, já não se entrega por inteiro, por que essas coisas só se faz uma vez. Quem chega depois perdi a magia de um doce amor revelado sem receio algum. E se por algum acaso ou destino da vida eu chegar depois não me torne um escudo de batalhas pra te proteger dos medos que teve se somos capazes de cometer outros ainda melhores, ainda maiores, ainda tão meu e seu. 
Jussara Costa

domingo, 6 de outubro de 2013

BALANÇO DA ALMA


         
Minha alma que balança dias turbulências dias sossego, minha alma que peleja o destino encontrar a morada necessária para viver e se aventurar, de mãos dadas na areia caminhando em frente o mar, sorrindo de qualquer besteira e enfrentando o medo de amar.
Minha alma inocente se encanta facilmente por qualquer sorriso contente retribuído no olhar. Minha alma impaciente chega a ficar doente só de pensar em não sonhar, com a vida mais alegre, com o balanço do sopro suave do vento que me leva a algum lugar.
Minha alma doente de saudade acorda na madrugada, perde o sono, perdi o dia, perdi a vida, sem entender porque teve que perder o precioso sentido da vida. Alma adormecida é cega, surda, muda. Alma adormecida não balança, não canta, nem encanta.
       Minha alma renovada desperta empolgada, para a vida resolver. De balanço em balanço vai aprendendo a ser melhor do que era antes. Dentro dela cabem sonhos, pessoas, histórias, afetos e sorrisos, dentro dela cabe à vida coberta de alegrias, lembranças e balanços vividos ou não. Dentro dela cabe as batidas de outro coração.

Jussara Costa

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O TEMPO QUE NÃO CURA


Deveríamos esta ciente do amedrontado clichê, será o tempo a cura do naufrágio sonho de viver? Estúpido sonhador que por hora acredita no tempo, saudoso tempo que dias parecem eternidades, já outros um instante. Sentimos necessidade de ser consolados, acalma o teu coração que a tempestade vai passar, mas cabe ao tempo decidir até onde temos que nos afogar.
Mestre tempo de tamanha valentia que cura tantas feridas que os dias ruins deixaram, és tu senhor do destino? Solução dos problemas? Consolador das almas? É tu a grande cura? Encontro-me em um sonho inacabável de ir a teu encontro e que me prove tua serventia.
 Cura-me tempo os malefícios causados a alma, cura-me tempo das noites sombrias, das turbulências na água, do medo do escuro, do trauma passado, do amante perdido, do instante desperdiçado. Cura-me tempo do medo do antes, do agora e do depois. Cura-me tempo das feridas, dos delírios do presente e do receio de te encontrar e desvendar que tu não és e nunca será a cura que tanto procuro. 
Jussara Costa