Eu vi amor
por onde passava, era um apelo desesperador de quem se sentia só, e que não
queria se sentir assim por muito tempo. Eu via amor em tudo e em todos, na fila
do ônibus ou em qualquer outro lugar inusitado. Só bastava um sinal um pequeno
sinal, para engrandecer tudo, colocar sentido e sentimento onde não existia. Acrescentava
razões onde não deveria, mas eu sempre via amor.
No amigo de
infância, na historia interrompida, na relação mal começada, e em outras
historias ainda desconhecidas. Eu via amor porque essa era a minha procura mais obscena, mais obscura, então a imaginação fluía e sempre me dizia, bem essa
deveria ser uma historia bonita para se contar para nossos filhos.
Era o acaso
ou destino inventado por mim mesmo, eu via amor nas mais diferentes e difíceis formas
de enxergá-las, pois alguém sempre me dizia que eu não estaria enxergando bem, e
repetidamente sussurravam meu ouvindo dizendo que não daria certo, mais eu
continuei vendo amor dês de o primeiro ao ultimo momento, ainda que não desejassem acreditar, foi eu que criei, então cabe
somente a mim decidir como deveria chama-lo. E resolvi chama-lo de amor, pois era a única coisa que conseguia ver. Eu vi amor, vivi amor, fui amor, senti amor, por um longo tempo, talvez ainda veja quando eu estiver em um desse sonhos que parecem tão real que a gente desperta com esperança de ver, rever, reviver um prazeroso amor.
Jussara Costa